ESTRATÉGIA PARA ESTIMULAR O APRENDIZADO


7 medidas em sala de aula que estimulam o aprendizado

Um desafio que diversos educadores enfrentam é reter a atenção e motivação dos alunos durante as aulas. O que é essencial, pois o desempenho escolar satisfatório depende do aprendizado em sala de aula.
Embora os métodos de ensino já conhecidos sejam de fundamental importância – uma vez que o(a) aluno(a) precisa ser estimulado(a) a estudar por conta própria -, é possível intercalá-los com outras medidas que podem ajudar a trazer uma mudança de perspectiva em relação ao aprendizado.
Neste texto, vamos listar 7 dessas medidas, que podem ser facilmente aplicadas na rotina escolar. Confira!

1. Listar os conteúdos de maneira visual

Esta é uma medida simples que pode trazer excelentes repercussões. O desenvolvimento humano também consiste de desenvolvimento mental. Nosso cérebro é o mais complexo de todos, no qual há uma infinidade de conexões neuronais importantes. E a aprendizagem existe na mente também como conexões neuronais.
É importante que a mente tenha apoio do ambiente para se organizar. Afinal, o cérebro é moldado pelo ambiente.
Portanto, é fundamental que as aulas sejam organizadas, para estimular a organização mental dos alunos, e assim favorecer a aprendizagem. Listar os conteúdos de cada dia no quadro à vista de todos os alunos, explicá-los brevemente e seguir a aula nesta ordem, ajuda muito a estimular a organização mental dos alunos e, consequentemente, o aprendizado e desempenho escolar.

2. Reconhecimento Positivo

As ciências psicológicas têm diversas evidências sobre a eficiência do reconhecimento no aprendizado. E também sobre a ineficiência de punições e desmoralização. Qualquer organismo humano, por natureza, é movido pelo que é benéfico e prazeroso.
Professores podem usar o manejo positivo para estimular o aprendizado dos alunos em sala de aula através de reconhecimentos de cunho social. Algumas formas de fazer isso é ser receptivo às dificuldades apresentadas pelos alunos, reconhecer suas participações, enaltecer as realizações deles, etc.
E, paralelamente a isso, professores devem evitar trazer ao manejo com os alunos elementos que sejam aversivos, coercitivos e punitivos. Seja com um feedback negativo feito publicamente na frente de toda a classe, ou ameaçar os alunos mesmo sendo com o objetivo de aprimorar o desempenho.

3. Foco no processo, e não somente no resultado

Somos socialmente programados para buscar sempre resultados satisfatórios. E isso é de fato importante, uma vez que, ao longo da vida, enfrentaremos diversas situações em que seremos avaliados por nossos resultados (por exemplo, provas, ENEM, etc.). No entanto, o foco constante e unicamente no resultado traz consigo uma grande perda: a desvalorização do esforço.
Muitas vezes, vamos nos dedicar muito para alcançar um bom resultado e, ainda assim, não iremos conseguir. Se não houver uma abordagem adequada de valorização do processo, o(a) aluno(a) tende a se desmotivar após um grande esforço que não foi “recompensado” da maneira esperada.
Portanto, sempre enfatize o processo, ou seja, o caminho percorrido até ali, juntamente com resultado. Assim, você estará mostrando aos alunos que, ainda que não alcancem os resultados esperados, o valor contido no esforço deles jamais se perde, pois permanece para os desafios futuros.

4. Desafios em Grupo

Realizar tarefas em grupo é uma excelente forma de acessar o aprendizado dos colegas. Cada pessoa tem suas singularidades, e também formas únicas de assimilar novos conhecimentos. Tarefas e desafios em grupos ajudam os alunos a ver o ponto de vista e conhecimentos apreendidos pelos colegas.
Além disso, conversar e debater os conhecimentos adquiridos é uma excelente forma de consolidá-los, pois, ao fazer isso, estamos ativando diferentes áreas do cérebro, e portanto fortalecendo as conexões relacionados ao conhecimento agregado.

5. Interatividade durante aulas expositivas

Existe um vilão nas aulas expositivas, e não é nada relacionado à competência do professor ou interesse pela matéria. Em uma metodologia de transmissão de conteúdo como essa, é exigido dos alunos que permaneçam sentados e atenciosos durante todo o processo.
É justamente esse o vilão: exigir que permaneçam sentados. Vamos considerar a capacidade da fisiologia humana de condicionar o organismo à atenção em um momento que o corpo permanece em repouso. Em uma situação como essa o fluxo sanguíneo diminui, e é justamente esse o complicador.
O mesmo ocorre depois de uma refeição, o fluxo sanguíneo concentra-se na região abdominal, facilitando que fiquemos distraídos e até mesmo com sono, pois diminui o fluxo de sangue no cérebro.
Para estimular a atenção dos alunos que permanecem sentados na cadeira durante vários minutos, dar a aula expositiva de uma maneira interativa é uma ótima opção. Dessa forma, a interatividade evoca a participação dos aluno, e, portanto a atenção deles ao que está sendo ensinado.
Faça perguntas para o grupo ou individualmente, seja bem-humorado, e use exemplos do cotidiano deles quando possível para apresentar os conteúdos.
Veja também o texto sobre: “Ensino Híbrido: o que é e como implementar na Escola

6. Dinâmicas de autoconhecimento

O corpo docente pode proporcionar momentos e situações que possibilitem aos alunos ampliar seu autoconhecimento. Exemplos de atividades que visam isso são dinâmicas grupais, atividades artísticas, manhãs e/ou tardes de reflexão, etc.
Esse tipo de atividade deve ter como objetivo estimular o relacionamento entre os alunos, a criação de algo em conjunto, percepção e expressão de sentimentos, dentre outras formas que possibilitem o acolhimento das dificuldades de cada um.
Com isso, os alunos conseguem se tornar mais auto-conscientes de seus próprios bloqueios e obstáculos e, por consequência, mais aptos a desenvolver estratégias e a identificar quais delas funcionam melhor em cada contexto.

7. Feedbacks nas horas certas

Ao contrário do que às vezes ocorre em algumas instituições, o feedback não é uma crítica despropositada e com objetivo de exposição. Na realidade, o feedback é uma análise cuidadosa e particular dos comportamentos e/ou atitudes de uma pessoa que podem estar interferindo no desempenho dela.
Quando o(a) professor(a) se mantém sensível às dificuldades e necessidades de cada aluno, individualmente, ele(a) pode constatar com mais facilidade quais aspectos podem estar atrapalhando-o e, assim, intervir de forma mais bem sucedida. Para tal intervenção é preciso, primeiramente, que o(a) aluno(a) seja acolhido(a) em sua dificuldade, para que depois ambos possam, juntos, arquitetar um caminho alternativo. Além disso, é importante que o(a) professor(a) estabeleça uma relação horizontal com o(a) aluno(a), pois essa atitude estimula uma maior abertura por parte deste.

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